sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Quando Desaba Encostas - Rio de Janeiro


Espectadores,
Os olhos vão pra lá, e pra cá.
A gente envolve nas imagens
Lama,
Agua,
Barro,
Corpos


Desaba montanhas,
Desaba pedras grandes
Morro desce,
Desaba árvores,
Desaba casas,
Desaba homens,


Sentimento gerando Dor....
Imagens gerando horror,
Angustia,
Agonia,
A dor atravessa a alma,



A luta dos que ficam,
Em escavar com as mãos,
Em arrancar da terra,





Corpos, inertes, rostos sem vida,
Onde cada vizinho, conhece,e sabem quem....foi em vida.
A dor me sufoca,
Quanto sangue derramado,
Quantas vidas sugadas.
Morte.
Ela chegou rápido,
Fez estrondo....vez barulho,
Muitos estavam dormindo,
Morreram sem falar,
Morreram sem pensar,
Morreram sem sentir,
Alguns morreram a pedir
Socorro.


O Deus,
Eu vos imploro.
Acolhei sem demora,
Estes teus filhos que estão
a chegar nesta nova morada,



Perdoai toda culpa por eles
cometida:
Com palavras,
Com obras,
Com a mente.



Eu vou ficar aqui,
Neste silêncio de minha alma,
Pedindo a vós,Senhor, o
descanso eterno,para esta almas.


E a tua Luz os Ilumine.
Descanse em Paz.....
Irmãos meus.





vanda maria de assis/2011

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